MST estima participação de mil pessoas em protesto na BR-262: pneus e galhos foram queimados e pista ficou interditada por dez quilômetros nos dois sentidos da via (Foto: MST/Divulgação)

MST estima participação de mil pessoas em protesto na BR-262: pneus e galhos foram queimados e pista ficou interditada por dez quilômetros nos dois sentidos da via (Foto: MST/Divulgação)

Um protesto realizado nesta terça-feira (7) por integrantes do Movimento Sem Terra (MST) bloqueou a BR-262 durante cinco horas em Córrego Danta, no Alto Paranaíba. O ato gerou um congestionamento de dez quilômetros nos dois sentidos. Os manifestantes reivindicam o fim de mandados judiciais de reintegração de posse e a cessão de áreas improdutivas. A assessoria de imprensa do MST estimou a participação de mil pessoas no ato. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou o protesto e disse que tudo ocorreu de forma pacífica, mas não informou uma estimativa de público.  Durante o ato, os sem-terra exigiram o agendamento de uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e com a mesa de negociações do governo do Estado; audiência com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Nacional; vistorias em áreas que poderiam se tornar assentamentos/ agilidade nos processos de reforma agrária e a suspensão das reintegrações de posse em tramitação.   O MST afirma que existem dez ameaças   de despejo de integrantes do grupo em Minas, que atingem duas mil famílias.

A diretora estadual do MST, Clélia Marioto, aponta “parcialidade!” por parte da Vara Agrária do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). “Essa Vara tem agido reiteradamente contra os trabalhadores em luta. Este órgão deveria atuar para resolver os conflitos e fazer justiça, fazer se cumprir a lei, mas ao contrário disso, assistimos à defesa do latifúndio e o desprezo pelos nossos direitos, uma decisão após a outra”, afirmou.  O G1 fez contato com o TJMG e aguarda um contraponto à acusação.

Outro assunto considerado pauta no protesto na BR-262 foi a reforma trabalhista proposta pelo presidente Michel Temer. “Não vamos permitir nenhum direito trabalhista e previdenciário a menos. As propostas afrontam a todos os trabalhadores brasileiros, em especial às mulheres. As mudanças na previdência são um atentado contra o trabalho no campo e os municípios do interior, que terão a economia drasticamente prejudicada, caso sejam levadas à frente”, disse Marioto. O Governo Federal afirmou, por meio de nota, que as medidas trabalhistas propostas pelo Palácio do Planalto são negociadas com sindicatos de classes e visam o melhor aos trabalhadores e ao Brasil.

Muitos manifestantes tinham os rostos cobertos e seguravam facões. A Polícia Rodoviária Federal, que acompanhou o protesto, disse que não houve nenhum caso de violência. Alguns integrantes do MST atearam fogo em pneus e pedaços de árvores. “Isso durou de 20 a 30 minutos. Em negociação, nós conseguimos um acordo com eles para a liberação da pista o mais rápido possível”, disse o policial rodoviário federal Reinaldo Luís Alves.

Liberação
Os dois sentidos da rodovia foram liberados pouco depois do meio-dia.  Quando o protesto estava sendo encerrado, alguns manifestantes ficaram à beira da pista e escutaram protestos de motoristas.

Depois da manifestação, grupo se reuniu na Fazenda Maranhão, área de 1,3 mil hectares que fica entre Córrego Danta e Campos Altos. A propriedade foi ocupada no dia 6 de janeiro. De acordo com o MST, o acampamento começou com a participação de 130 famílias e já reúne mais de 700.

Os ocupantes reivindicaram a posse da propriedade. Uma decisão judicial de reintegração de posse determinou que eles deixassem o local há 20 dias.

A trabalhadora rural Vanessa Matos, integrante do MST, disse que a terra é boa e que os integrantes do movimento já instalaram grades e começaram a plantar. “Tem muita família vivendo do que está plantando. Queremos ficar”, destacou.

Paulo Martins, representante do MST, disse que o grupo não descarta a possibilidade de promover novas manifestações caso as reivindicações não sejam atendidas.

 

(Foto: MST/Divulgação)

Fonte: Matéria publicada pelo G1 Triangulo Mineiro

 

 

 

 

 


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